Mochileiros brasileiros descobrem o exterior

Uma mochila nas costas, um roteiro alternativo e muita disposição para conhecer lugares e culturas diferentes. Essa é a realidade de muitos mochileiros brasileiros espalhados pelo exterior. O analista de sistemas, Christian Gump, é um dos representantes desse estilo de vida. Segundo ele, ser mochileiro é interagir com a cultura local e fazer novas amizades. Tudo isso de forma independente, sem a orientação dos agentes de viagens.

Gump já visitou lugares como a Argentina, Chile, Uruguai, França, Inglaterra, Alemanha, República Tcheca e Holanda. Sua primeira aventura foi pela América do Sul, em 2008. O destino escolhido foi o Chile e a Argentina, roteiro muito procurado pelos brasileiros.

Uma das principais características desse tipo de viagem é o planejamento antecipado, porém é interessante ter cuidado para não planejar exageradamente, pois há pessoas que programam cada minuto do dia e isso pode deixar a viagem estressante. É preciso contar com os imprevistos e separar um momento para simplesmente curtir o que o destino pode oferecer dentro do seu tempo.

O baixo investimento é outra particularidade, mas o custo pode variar de acordo com o estilo de vida e as prioridades de cada pessoa. Nesse tipo de aventura, é muito comum encontrar mochileiros que prezem pela individualidade. Mas para os que preferem companhia, é importante conhecer previamente as expectativas do companheiro para evitar indisposições. “Acho que conversar sobre os reais planos e interesses de cada um dos viajantes é importante, assim como é importante escolher bem com quem vai viajar. O simples fato de ser um bom amigo não significa que vai ser um bom companheiro de viagem - e uma viagem mal-sucedida pode até estremecer uma amizade”, comenta Gump.

O mochileiro lembra com bom humor das vezes em que teve dificuldades com o idioma. Certa vez foi confundido com um argentino, por não compreender o pedido de ajuda feito por um senhor. Segundo ele, o senhor falava muitos palavrões destacando sua falta de educação e a de seus “conterrâneos argentinos”. Mais tarde, sua amiga explicou que o senhor estava apenas pedindo ajuda para se levantar. “Eu me senti muito mal por isso, envergonhado mesmo, mas não havia mais o que fazer”, explica.

Diferente do analista de sistemas, o Arquiteto Carlos Arantes, enfatiza que prefere programar todas as suas viagens para evitar futuros problemas ou situações inusitadas. “Eu prefiro ter sempre tudo programado para evitar surpresas desagradáveis. Na verdade eu detesto surpresas”.

O arquiteto já viajou para Paris, Londres, Inglaterra, Austrália, Portugal e Espanha. Todos esses roteiros foram programados para o período de férias e com antecedência de aproximadamente dois meses. “Quando eu cogito viajar nas minhas férias, traço um itinerário e levo até uma agência para tentar encontrar um pacote que se adapte ou se aproxime das minhas necessidades”, comenta.

De acordo com a agente de viagens Viviane Santos, a principal vantagem ao fechar um pacote com esse tipo de empresa é evitar futuras preocupações. “Ao comprar o pacote, a agência dá assistência para o passageiro, caso aconteça algum imprevisto na viagem, como troca de hotel, troca de voo, troca de guia”, explica.


Manual de sobrevivência para mochileiros iniciantes:

•Falar inglês e ter noções de espanhol é fundamental para manter uma boa comunicação entre os demais viajantes e a população local.

•Na Europa a melhor opção é viajar de trem, pois a maioria das passagens permitem trafegar por diversos países. No Brasil e na América do Sul, a melhor alternativa são as rodovias.

•Reservar com antecedência a hospedagem é importante para evitar futuros transtornos. Para os mochileiros a melhor opção são os Hostels, pois as diárias são acessíveis e seguras. Além disso, é interessante procurar informações sobre as temperaturas locais, ter uma reserva em dinheiro para imprevistos e um porta-doláres para carregar discretamente quantias em dinheiro e documentos básicos.

•Fique atento as exigências de cada país para não se barrado na imigração, tenha a documentação em dia e verifique as vacinas obrigatórias para cada localidade.

•Evite excesso de bagagem. Carregue roupa em quantidade suficiente, câmera fotográfica e produtos básicos de higiene. Tenha cuidado com os golpes.

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